O Manchester United começou a campanha na Premier League com dois resultados diferentes nos dois jogos iniciais. Dá para notar evolução? Dá. Mas ainda é possível questionar alguns pontos do comando de Erik ten Hag.
Começo a falar citando os pontos que me chamaram a atenção de forma positiva de Erik ten Hag na temporada 2024-25.
Antes de mais nada, acredito que o Manchester United seja um time mais compacto e equilibrado em relação à última temporada. Digo isso porque não vimos quase 30 finalizações dos adversários, como Burnley e até o Luton Town conseguiram na época anterior. E isso era um ponto que irritava bastante os torcedores.
Em segundo lugar, o time tem desenvolvido diferentes formas de atacar, seja pela posse de bola ou através de ligações diretas em táticas reativas. Contra o Manchester City na Supercopa da Inglaterra, foram quatro grandes chances desperdiçadas. Diante do Fulham, muitas oportunidades também foram perdidas, assim como no confronto recente contra o Brighton. O que falta agora é calibrar o pé — e isso é um problema antigo.
PONTOS NEGATIVOS
Citando os pontos positivos, agora entramos nos negativos. Começo falando das escalações. Erik ten Hag tem cometido erros ao iniciar todos os jogos com Bruno Fernandes como falso nove. É compreensível que esse estilo de jogo seja eficaz em alguns momentos, como foi na final da FA Cup. Porém, em partidas ‘comuns’, não vejo tanta necessidade. Afinal, você está sacrificando um dos melhores meias do mundo ao colocá-lo em outra posição — sem contar que Joshua Zirkzee foi contratado para desempenhar essa função.
De Ligt jogou pouco pelo Manchester United, e isso é verdade. Porém, nos minutos em que esteve em campo, mostrou mais solidez do que Maguire — que falhou no primeiro gol do Brighton. O holandês foi contratado para ser titular. A Premier League não dá espaço para testes. O zagueiro inglês até tem se recuperado após temporadas ruins, mas acredito que a melhor opção é deixá-lo no banco ou acioná-lo em momentos mais tranquilos ou em partidas em que seja necessário reforçar o miolo da defesa.
Dando fim a este tópico de pontos negativos, acho que é uma opinião praticamente unânime entre os torcedores do Manchester United: o quanto Erik ten Hag tem sido ruim nas substituições. Primeiro, para ser justo, é verdade que Alejandro Garnacho tem entrado e incendiado os jogos. Porém, o treinador comete equívocos na escolha de quem deve sair. Por exemplo, Rashford tem uma expectativa de gols + assistências de 0.0. Mesmo assim, continua recebendo muitos minutos em campo.
Na final da FA Cup, Erik ten Hag utilizou Facundo Pellistri na lateral direita e colocou Dalot na esquerda. O gol do City saiu justamente pelo lado do uruguaio, que nunca havia jogado naquela posição. Diante do Brighton, ele tirou Bruno Fernandes no final para colocar McTominay, que pouco ajudou, e no fim, o time ‘morreu’ em campo. Ou seja, resultados ruins que começaram a ser construídos após substituições ruins.