1958 – 1959: Reconstruindo das cinzas de Munique
A tragédia de Munique foi um grande choque para o United, que nos últimos jogos da temporada teve que construir um novo time. Jimmy Murphy agiu rapidamente contratando Emie Taylor do Blackpool e Stan Crowther do Aston Villa. Eles, juntamente, com Bill Foulkes, Harry Gregg e uma mistura de reservas e juniores fizeram um time remendado para terminar a temporada, que ainda estava sendo reconstruída com Wilf McGuiness, Warren Bradley e Albert Quixall, uma transferência recorde de 45.000 libras do Sheffield Wednesday. O United foi muito bem na liga, terminando em 2º e marcando 103 gols, com 29 de Bobby Charlton. Na FA Cup alcançaram a terceira fase.
1959 – 1960: Continua o lento processo de reconstrução
Depois do desastre aéreo de Munique, o United estava batalhando para conseguir montar um time forte. Albert Quixall foi comprado em 1958, mas não conseguiu repetir o montante de gols marcados pelo Sheffiel Wednesday.
Maurice Setters foi contratado do West Brom para tentar consertar uma defesa que tinha tomado 54 gols em 25 jogos. Esses novos jogadores combinaram com os que já estavam lá como Charlton, Gregg, Foulkes, Dawson, Brennan, Giles, McGuinness e Dennis Viollet. Viollet continuou com seus gols, marcando um recorde de 32 em 36 jogos. Multidões de até 65.000 pessoas iam aos jogos do United, muito embora o sucesso lhes escapava. O United terminou em 7º na liga e saíram na 5ª fase da FA Cup, derrotados pelo Sheffield Wednesday.
1960 – 1961: Mediocridade no meio da tabela
Busby fortaleceu o time com Cantwell do West Ham, Dunne da Irlanda e os prata-da-casa Stiles e Gaskell, que pelos próximos anos revezariam no gol com Gregg.
Foi mais um ano sem sucesso para o United, terminando novamente em sétimo e alcançando somente a 3ª fase na FA Cup. Embora 61.000 pessoas viram o derby contra o Manchester City e 65.000 o jogo contra os Spurs, a média de público estava caindo. As máximas do ano incluíram duas goleadas de 6-0 contra o Chelsea e o Burnley, e a mínima com goleadas sofridas 0-6 para o Leicester, e um 2-7 para o Sheffield Wednesday na FA Cup. Pela primeira vez na história o Manchester United jogou a Copa da Liga, mas sem sucesso, perdendo na segunda rodada.
1961 – 1962: Público começa a cair
Nessa temporada o United contratou Herd, do Arsenal, que tinha jogado na liga anteriormente pelo Stockport County com seu pai. A defesa também foi fortalecida com Chisnall. O United terminou em uma fraca 15ª posição na liga, e foi eliminado nas semifinais da FA Cup, 1-3 para o Spurs.
Devido às fracas performances, o público caiu, alcançando 57.000 no jogo contra os Spurs e 56.000 contra o City. David Herd foi o artilheiro em sua primeira temporada, com 14 gols.
1962 – 1963: Chegam Law e Crerand
1962 viu o recrutamento de 2 novos jogadores que teriam um grande impacto no United. Denis Law chegou do Torino por 116.000 libras no começo da temporada. Eric Cantona pode querer o posto, mas Denis ainda é o “Rei”. Denis foi à penúltima peça no quebra-cabeça de Matt.
A chegada de Denis trouxe não só um grande jogador, mas um “showman” que divertia o público e levava-os ao estádio por todo o país. Ele era bem magnífico em todas as maneiras.
Pat Crerand veio do Glasgow Celtic em fevereiro, ele tinha um toque de seda. Logo depois da chegada de Paddy, o ‘Lawman’ foi transformado de brilhante a Gênio, e isso foi por causa de Pat.
O United teve um mau ano no final, terminando em 19º e evitando o rebaixamento por pouco. Seu melhor resultado na liga foi à vitória de 5-1 contra o Notts Forest, e na FA Cup perdeu na final.
Um jogo inesquecível viu a “zebra” United ganhar do badalado Leicester City por 3-1. O público em geral continuava a cair, e o United atraia mais gente fora de casa. 69.000 se espremeram em Goodison Park no jogo com o Everton. Somente 49.000 viram o derby com o Manchester City.
1963 – 1964: As massas retornam a Old Trafford
O sucesso na Copa trouxe as multidões de volta a Old Trafford. 63.000 viram a goleada do United sobre o Everton, 5-1, e o Ipswich tomando uma de 7-2. Uma derrota de 6-1 para o Burnley foi vingada com um 5-1, alguns dias depois.
Os novos jogadores do United incluíam Sadler, Anderson, o sem-eficiência Moore do Chelsea e o mágico George Best. John Connely também chegou, do Burnley. O trio formado por Charlton, Law e Best (‘a santíssima trindade) se tornariam ídolos e levavam o medo e a preocupação aos adversários por todo canto.
O time júnior ganhou a FA Youth Cup novamente, ganhando do Swindon por 5-2, no placar agregado.
1964 – 1965: O Título volta ao Old Trafford
O United fortaleceu o time com Fitzpatrick, Aston e Dunne. O sucesso veio com o título, o primeiro desde 1957.
O final não poderia ter sido mais apertado, com o United ganhando do Leeds no saldo de gols. Uma chegada nas semifinais da copa também foi alcançada, enquanto que uma derrota nos playoffs para o Ferencvaros tirou o United de um lugar na final da Fairs Cup.
O sucesso do United levou mais pessoas ao estádio, com médias entre 55.000 e 63.000.
1965 – 1966: De volta à Copa da Europa
Ryan e Noble, que tinham promissores futuros, foram os novos jogadores do United nesse ano.
As multidões estavam novamente de volta para ver o United, que terminou numa razoável 4ª posição, e na FA Cup perdeu para o Everton na semifinal.
Na Charity Shield, o título foi dividido com o Liverpool depois de um empate por 2-2. O retorno à principal competição européia terminou com uma derrota por 2-1 (agregado) para o time Iugoslavo Partizan Belgrado.
1966 – 1967: Campeões novamente!
O Chelsea ajudou a consolidar uma posição que tinha problemas no United por alguns anos. Os goleiros se revezavam entre Gregg, Gaskill e recentemente Dunne. Stepney agora era o titular.
Os pontos altos da temporada foram às goleadas de 5-0 contra o Sunderland, 6-1 contra o West Ham, que ajudaram na campanha do título. Foi o sétimo título da liga para o United, terminando quatro pontos na frente do Nottingham Forest.
Uma surpreendente derrota para os “matadores de gigante” Norwich terminou a campanha do United na FA Cup na 3ª fase, e na Copa da Liga perderam na 2ª fase. Mais de 60.000 fãs viram o United em oito jogos nesse ano.
1967 – 1968: Campeões da Europa!
O elenco do United foi mais fortalecido com as promoções de Burns, Gowling, Rimmer, e o futuro assistente técnico do United, Brian Kidd. Por 12 vezes o público passou da casa das 60.000 pessoas.
Em 29 de maio de 1968, 100.000 pessoas, a maioria torcedores do United, testemunharam a maior glória da história do clube, a vitória por 4-1 sobre o Benfica, na final da Copa da Europa. O United se tornou o primeiro clube Inglês a ganhar a Copa, com uma grande goleada sobre os campeões portugueses em Wembley. Bobby Charlton pôs o United na frente, Graça empatou e mandou o jogo para a prorrogação.
George Best colocou novamente o United na frente com uma grande jogada individual, e com o Benfica sentindo o gol, Charlton e uma cabeçada de Bryan Kidd, celebrando seu 19º aniversário, selaram a famosa vitória.
Esse foi o ponto mais alto do United e a realização do sonho de Matt Busby. Ele recebeu a honraria da família real Britânica, em reconhecimento a seus serviços no futebol.
Nas competições domesticas a Charity Shield foi dividida novamente, depois de um empate por 3-3 com o Tottenham Hotspur. A segunda posição na liga, atrás do Manchester City, não contou em nada com o título em Wembley. O United perdeu 10 dos 42 jogos e marcou 89 gols, com um saldo de 34.
1968 – 1969: Sir Matt se retira
Morgan, Sartori e James foram os novos recrutados do United nesse ano, e embora jogando um futebol atraente, o público começou a cair depois do triunfo sobre o Benfica. Eles terminaram em uma fraca 11ª posição na liga e perderam na 6ª fase da FA Cup para o Everton.
As esperanças de manter a coroa da Europa foram destruídas pelo AC Milan, que ganhou por 2-1 no placar agregado, na semifinal. O United também perdeu o campeonato Mundial em uma contestada final contra o Estudiantes, da Argentina, por 2-1. Sir Matt Busby decidiu deixar o comando do time e se tornou diretor. Wilf McGuinness assumiu o posto.
1969 – 1970: Wilf McGuinness assume em Old Trafford
1969 viu Wilf McGuinness promovido a técnico com a aposentadoria de Matt Busby. Ian Ure se juntou ao time em uma medida provisória de melhorar a defesa.
Um ano caótico terminou com nenhum sucesso pelo United. Best, embora artilheiro, estava com um comportamento horrível. Charlton e outros mais experientes não aceitavam a autoridade de McGuinness. O United terminou em 8ª na liga.
Houve mais tristezas nas semifinais, com o United perdendo por 1-0 para o Leeds depois de dois jogos desempates, e perderam por 4-3 para o City na semifinal da Copa da Liga. McGuinness eventualmente foi demitido em dezembro de 1970, quando Matt Busby novamente assumiu o controle.