O United começou a nova década, século e milênio em uma maneira tipicamente pioneira. Eles participaram de uma nova competição – o Mundial de Clubes da FIFA, no Brasil – mas ao custo de sua participação na FA Cup, do qual eram campeões.
A aventura de Janeiro na América do Sul não resultou em título, mas deu aos Reds um bom tempo de descanso sob o sol. Rejuvenescidos, eles arrancaram na frente dos rivais do campeonato quando voltaram para a Inglaterra. Alcançaram logo seu sexto título da Premiership, em Abril, e ainda sem um substituo convincente para Peter Schmeichel.
Diversos goleiros, incluindo Mark Bosnich, tentaram e falharam em se manter no gol durante a temporada 1999/2000. Então, não foi com surpresa que o ganhador da Copa do Mundo e da Eurocopa, Fabien Barthez, se juntou ao United em julho de 2000.
O excêntrico mas brilhante goleiro Francês ajudou o United a conquistar o tricampeonato Inglês em 2000/01, um feito alcançado por poucos clubes na Inglaterra. O Liverpool tinha sido o último a fazer, em 1982/83/84, mas sob dois técnicos diferentes – Bob Paisley e Joe Fagan.
Sir Alex Ferguson esteve no comando de todos os três campeonatos seguidos do United, e foi o primeiro técnico no futebol Inglês a alcançar o tricampeonato. Logo após a conquista, ele anunciou que iria se aposentar em breve, mas voltou atrás e decidiu ficar.
A maior contratação no verão de 2002 foi Rio Ferdinand, um dos melhores jogadores da Inglaterra na Copa do Mundo do Japão/Coréia. A aquisição de 30 milhões de libras do Leeds deu a força que faltava à defesa do United desde a saída de Jaap Stam para a Lazio.
Ferdinand ajudou os Reds a manter o título da Premiership em maio de 2003, mas o ano acabou mal para o zagueiro – ele foi punido pela FA por não comparecer a um teste obrigatório de anti-doping em Carrington e foi suspenso por oito meses.
Nesse período sem Rio, os Reds perderam o título – para o Arsenal de novo – mas ganhou a FA Cup pela 11ª vez (um recorde) ganhando do Millwall por 3:0 em 2004, no Cardiff’s Millenium Stadium. Um ano depois o United estava de volta no País de Gales para enfrentar o Arsenal pelo título. O Chelsea tinha ganho a Premiership e a Carling Cup, e os Gunners ganharam nos pênaltis, mesmo com o jogo dominado pelo United – com uma grande atuação de Wayne Rooney e Cristiano Ronaldo. A temporada seguinte trouxe o título da Carling Cup, ganhando do Wigan na final.
Para Sir Alex e seus jogadores, o principal alvo continuava a ser o título da Premiership, que foi conquistada novamente na temporada seguinte com 16º título, terminando seis pontos à frente do antigo campeão, Chelsea. Com o time todo jogando muito bem para tirar o título de Stamford Bridge, o homem que se destacou foi Ronaldo, que ganhou 13 prêmios durante a campanha – incluindo o PFA Jogador do Ano e Jovem Jogador do Ano.
Parecia improvável que o português pudesse manter o nível, mas ele o fez na temporada seguinte. Ronaldo foi peça fundamental – marcou 42 gols – com os Reds batendo o Chelsea e ganhando o Bicampeonato. Fortalecido pelas contratações de Owen Hargreaves, Carlos Tevez, Anderson e Nani, o United se recuperou de um começo devagar da temporada e liderou quase toda a campanha. Mesmo com uma pressão final do Chelsea, uma vitória no último dia em Wigan (em qual Ryan Giggs marcou o gol do título no dia que ele igualou o recorde de jogos pelo United) garantiu o 17º título.
Dez dias depois em Moscou, os Reds e os Blues duelaram novamente por um título, dessa vez da Champions League. Ronaldo abriu o placar, mas Frank Lampard empatou, e depois de 120 desgastantes minutos, o jogo foi para os pênaltis. Ronaldo perdeu, e John Terry teve a chance de dar o título para o Chelsea, mas o capitão dos Blues escorregou e chutou na trave. Renovado, o United ganhou a disputa quando Edwin van der Sar defendeu o pênalti de Nicolas Anelka, garantindo o maior título do continente para os homens de Manchester pela terceira vez.
Como você faz uma temporada igual à de 2007/08 ? Bem, os jogadores de Sir Alex fizeram o melhor possível e foram derrotados somente na última barreira – contra o Barcelona na final da Champions League – não permitindo aos Reds uma avalanche de títulos histórica. Mesmo com esse desapontamento Europeu, o United dominou quase todas as outras competições. Em dezembro, os Reds voaram para o Japão para competir no Mundial de Clubes da FIFA e um gol solitário de Wayne Rooney contra o time do Equador, LDU, na final foi suficiente para coroar os Reds campeões do Mundo.
Mas que tipo de efeito teria uma cruel viagem no meio da temporada para o Oriente para as aspirações domésticas dos Reds ? Como vimos, só fortaleceu o United. Os homens de Sir Alex avançaram no Liverpool (sete pontos na frente quando os Reds voltaram do Japão) antes de ganhar o 18º título, igualando o recorde do próprio Liverpool. Mas mesmo antes de Gary Neville levantar o troféu da Barclays Premier League, os Reds saborearam o sucesso novamente contra o Tottenham Hotspur na Carling Cup. Na ocasião, o goleiro Ben Foster foi o herói na decisão por pênaltis depois do placar ficar empatado em 120 minutos.
Foster não foi o único jovem que impressionou naquele dia, ou durante a temporada. Federico Macheda apareceu com um incrível gol em sua estréia (nos descontos, dando a vitória ao United, nada mal) contra o Aston Villa, enquanto Danny Welbeck e Darren Gibson também anunciaram suas chegadas no time com chutes espetaculares. Então, mesmo com Cristiano Ronaldo e Carlos Tevez deixando o United no verão europeu, o futuro parece estar em boas mãos…