Gary Neville pôs um ponto final em uma ilustre carreira em 2 de fevereiro de 2011, depois de quase 20 anos de sua estréia do United.
Ele faz parte de um grupo de elite de jogadores que capitanearam o United na conquista da Premier League. Depois de Bryan Robson, Steve Bruce, Eric Cantona e Roy Keane, Neville realizou um sonho antigo quando levantou a taça como capitão na temporada 2006/2007.
Neville perdeu o final daquela temporada, com uma lesão no tornozelo, com 11 minutos do jogo contra o Bolton em Old Trafford, em 17 de março de 2007. A mesma lesão o deixou fora da maior parte da temporada de 2007/2008.
O defensor, nascido em Bury, recebeu a tarja de capitão depois da saída de Roy Keane durante a temporada 2005/06. Sendo um dos Reds com maior consistência e comprometimento desde que se juntou ao grupo em 1994/95 na vaga de Paul Parker, Neville era uma escolha natural. Ele é tão leal quanto um servo que se tenha, e em uma época em que jogadores raramente ficam muito tempo em um clube, ele é um dos poucos que restam. “O United é o único clube que eu sempre quis jogar”, ele diz.
Sempre muito falante, Neville tem todos os atributos e características de um grande líder. Ele entrava em todos os jogos se recusando a contemplar derrotas, e os fãs o adoravam por isso. No entanto, seu jeito não era aceito por todos – sua comemoração apertando o símbolo da camisa e com acenos depois do gol da vitória de Rio Ferdinand no último minuto contra o Liverpool em Old Trafford em janeiro de 2006 o fez ser multado por conduta imprópria pela FA e ser multado em £5000.
“Devemos sorrir docemente e voltar correndo para o meio de campo?” ele protestou na época. “As pessoas querem que os jogadores sejam mais branco que o branco. Eles querem um jogo de robôs ?” E isso resume a paixão de Neville pelo jogo, e mais especialmente, pelo United.
Não houve censura para a próxima celebração importante de Gary – na final de 2006 da Carling Cup, quando ele levantou o troféu como capitão e levou a medalha que lhe faltava na carreira. Os Reds não ganhavam a competição desde Abril de 1992, quando Gary ainda estava no famoso time júnior que também revelou David Beckham, Nicky Butt, Ryan Giggs e Paul Scholes.
Desde então, o caráter de Neville e sua determinação nunca foram alterados.“Seu nível de jogo e ânimo nunca mudaram,” diz Sir Alex. “É mais óbvio em Gary porque ele nunca teve o talento de Ryan Giggs ou Paul Scholes, mas ele tinha a determinação para garantir que ele sempre estava no time.”
“Ele também mostrou a qualidade para retornar depois de um ano e meio fora com lesões,” acrescenta o chefe. “Todos estávamos preocupados que talvez ele não voltasse – dada a sua idade, não era fácil. Mas ele foi fantástico. Foi uma demonstração de Gary que ele nunca desistiria. Ele é um homem incrível.”
Embora tenha perdido a campanha vitoriosa de 2008 por lesões, Neville adicionou para sua galeria de títulos a Premier League de 2009 e um segundo título da Carling Cup em 2010, depois de entrar como substituto na final em Wembley contra o Aston Villa.
Sua importância foi reconhecida quando o clube estendeu seu contrato para mantê-lo em OT até o fim de Junho de 2011, mas no meio da temporada ele decidiu que era hora de se aposentar.
Somente quarto jogadores – Ryan Giggs, Sir Bobby Charlton, Bill Foulkes e Paul Schoels – tem mais aparições pelo United do que Neville, cujas 4 aparições na temporada 2010/11 o levaram a um total de 602 jogos.